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Motoristas de ônibus de SP aceitam proposta de reajuste salarial

Com aumento de 9% no salário, categoria descartou possibilidade de greve. Há uma semana, paralisação fechou por duas horas 29 terminais da capital.

FotoRenato S. Cerqueira
Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

 

Os motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo aceitaram a proposta de reajuste salarial oferecida das empresas e a possibilidade de greve na capital paulista foi descartada pela categoria. A assembleia-geral ocorreu na sede do sindicato, no bairro da Liberdade, na tarde desta terça-feira (19).

Há uma semana, todos os 29 terminais de ônibus da cidade e mais quatro terminais que operam em estações do Metrô por causa da paralisação de duas horas dos motoristas e cobradores.

A medida, segundo o presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano, Valdevan Noventa, foi um alerta para todos depois de três tentativas frustradas de negociação com o setor patronal.

Propostas de reajuste e PLR
Os motoristas e cobradores, além de outros trabalhadores do transporte rodoviário urbano, pediam 8,5% de aumento de salário, mas as empresas ampliaram a proposta para 9%, reajuste aceito pelos trabalhadores, de acordo com a assessoria de imprensa do sindicato que representa a categoria.

Além do aumento salarial, a categoria aceitou R$ 1 mil na Participação de Lucros e Rendimentos (PLR), vale-refeição de R$ 19, folga dupla da manutenção e plano odontológico, benefício que até então não era oferecido aos trabalhadores.

O sindicato, no entanto, ainda aguarda uma proposta diferenciada para os condutores de ônibus classificados como “especiais”, como trolebus, bi-articulados e articulados, que recebem o mesmo salário que um motorista de um micro-ônibus.

A remuneração desses grupo será discutida por comissão formada por trabalhadores e patronal, após o processo licitatório do sistema de transporte por ônibus da cidade de São Paulo.

Segundo SP Turis, a capital tem 14.768 ônibus que percorrem 1.388 linhas para atender 3,8 milhões de passageiros todos os dias. O G1 procurou a Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), mas ninguém foi encontrado até esta publicação.

Paralisação nas garagens
Os trabalhadores da manutenção cruzaram os braços em todas as garagens de ônibus do sistema na segunda-feira (18), das 6h às 13h. De acordo com o sindicato, o movimento foi um protesto contra a dificuldade de negociações salariais e propostas inferiores às reivindicações da categoria.

Fonte: G1

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