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PRF fará testes com drogômetros nas estradas a partir de agosto

Equipamentos serão usados em 9 estados e no Distrito Federal para detectar uso de substâncias psicoativas entre os motoristas

Os testes com drogômetros vão acontecer, na primeira etapa, em estradas do Distrito Federal, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, de 16 de agosto a 3 de setembro. Em seguida, a fiscalização experimental será realizada em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo, de 23 de agosto a 10 de setembro. Os estados foram selecionados por questões logísticas, especialmente porque dispõem de rodovias federais com grande circulação de veículos.

De acordo com o planejamento da PRF, a segunda etapa de testes será deflagrada em todos os estados brasileiros, de 20 de setembro a 8 de outubro.

A iniciativa faz parte de um estudo da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), subordinada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, que criou um grupo de trabalho para analisar a confiabilidade dos equipamentos – e, assim, definir as especificações técnicas para regulamentar o futuro uso do drogômetro no Brasil. Além da PRF, fazem parte do grupo de trabalho profissionais do Hospital das Clínicas de Porto Alegre (RS), que capacitaram os policiais rodoviários para a coleta do material.

Equipamento indica uso de maconha e cocaína por motoristas

Fluido oral

Segundo a Senad, foram escolhidos para a pesquisa quatro modelos de equipamentos que adotam como matriz biológica o fluido oral (saliva), num procedimento similar ao do bafômetro. Durante o teste, será solicitado ao condutor que coloque na sua boca um objeto semelhante a um cotonete para a coleta de saliva. Este coletor será, então, colocado em um aparelho que aponta a presença de substâncias derivadas do uso de drogas na amostra de fluido oral.

A escolha pela amostra da saliva se deve, de acordo com a Senad, ao fato de que o material é capaz de indicar o uso recente de drogas – testes com urina, suor ou fios de cabelo, por exemplo, detectam o consumo de substâncias ilícitas dias e até semanas antes. Desta forma, com o fluido oral, será possível identificar motoristas que estejam dirigindo sob o efeito de drogas no momento da ação policial.

Participação voluntária

Por se tratar de uma pesquisa sobre um método ainda não regulamentado, a participação do motorista no teste é voluntária. Além disso, segundo a Senad, a abordagem policial não poderá considerar seus resultados para aplicação das penalidades estabelecidas na lei de trânsito

Os testes vão ocorrer por quatro meses. Em seguida, haverá etapas adicionais para a homologação dos equipamentos (com parâmetros definidos pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, o Inmetro), a regulamentação junto ao Contran (Conselho Nacional de Trânsito) e a capacitação dos agentes de trânsito. Segundo a PRF e a Senad, ainda não há data definida para o início da fiscalização com aplicação de multas.

Fonte: R7

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