SINTRAVC
A greve da Viação Itapemirim, no Ceará, continua nesta quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022.
Os trabalhadores cruzaram os braços na terça-feira (15) por tempo indeterminado alegando que a empresa está há meses em atraso nos depósitos de benefícios e direitos.
De acordo com o presidente do Sinteti (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transportes Rodoviário de Passageiros Intermunicipal e Interestadual do Estado do Ceará), Carlos Jefferson Martins dos Santos, a companhia há cinco meses não paga Vale-Refeição, há seis meses não paga a cesta básica; não realizou o depósito da última parcela do 13º; não paga férias desde outubro de 2021; não deposita FGTS desde 2016, não havendo também depósitos de INSS.
Relembre a entrevista:
Por meio de nota no fim da noite desta quarta-feira (16), a Itapemirim informou que o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) determinou a volta de 60% dos serviços e estipulou multa de R$ 10 mil ao sindicato em caso de descumprimento.
O Tribunal Regional do Trabalho de Fortaleza/CE determinou na noite desta quarta-feira,16/02, que motoristas e demais funcionários da Viação Itapemirim , em greve desde terça-feira,15/02, retornem imediatamente ao trabalho. Pela decisão, pelo menos 60% dos serviços devem restabelecidos .
Na mesma decisão, o TRT arbitrou multa diária de R$ 10 mil ao Sindicato da categoria em caso de desobediência.
Outra determinação do Tribunal é para que trabalhadores que permanecerem parados, façam qualquer manifestação a uma distância de 100 metros das garagens e dos terminais rodoviários.
A Viação Itapemirim reitera sua disposição de manter abertos os canais de negociação com seus colaboradores, visando garantir os postos de trabalho e o atendimento aos passageiros.
A Abrati (Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros) informou que outras companhias de ônibus que fazem as mesmas linhas da Itapemirim, desde a última semana, prestam um atendimento especial aos passageiros prejudicados pela situação da Itapemirim.
Na última semana, ocorreram paralisações em diversas cidades pelo Brasil por atrasos em pagamentos.
Segundo a associação, os passageiros devem procurar os guichês das ouras empresas e explicar a situação. Em alguns casos, o transporte pode ser em cortesia ou com descontos no valor.
Fonte: Diário do Transporte
