in

Sintravc participa de protesto contra a Reforma da Previdência

O presidente do Sintravc, Álvaro Souza, juntamente com membros da diretoria, se uniu a outros sindicatos na manhã desta sexta-feira, 22, na Praça 9 de Novembro, em um protesto contra a reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro.


Para Álvaro Souza, a reforma representa um perigo até mesmo para a saúde dos rodoviários. “A classe rodoviária já foi muito prejudicada em 1994, quando eles se aposentavam com 25 anos de contribuição e passou para 35 anos e agora nosso maior temor é que aumente mais ainda o tempo de contribuição, uma vez que a profissão de motorista e cobrador é de risco e aumentando o tempo de trabalho, colocará em risco não só a vida dos rodoviários quanto a dos passageiros”, afirmou o presidente do Sintravc.

Além de Vitória da Conquista (BA), em todo o Brasil as principais centrais sindicais se mobilizaram na ação para conscientizar a população. Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), diferentes entidades sindicais marcaram atos em 126 cidades pelo País.

Redes Sociais

Nas redes sociais, a hashtag #LutePelaSuaAposentadoria aparece em primeiro lugar nos tópicos mais citados no Twitter Brasil. As principais postagens são encabeçadas por líderes da esquerda, como o senador Humberto Costa (PE). “Posso dizer, com quase toda certeza, que essa reforma da Previdência enviada por Bolsonaro é uma proposta natimorta, dada a imensa oposição que encontra até mesmo dos principais aliados do presidente da República”, escreveu em sua conta oficial no Twitter.

Já o PCdoB publicou uma lista com cinco motivos para rejeitar a proposta e relembra as consequências da adoção do regime de capitalização da Previdência pelo Chile. “Vc sabe onde foi aplicado o regime de capitalização da Previdência proposto por Bolsonaro? No Chile, durante a sangrenta ditadura de Pinochet. A miséria fez do país o campeão sul-americano de suicídio entre idosos”, publicou a página oficial do partido.

Paralisação em São Paulo

Em São Paulo, uma paralisação de motoristas e cobradores de ônibus nesta manhã afetou passageiros que utilizam o transporte público. Ao todo, um milhão de pessoas que utilizam os 3.820 ônibus de 561 linhas foram prejudicadas, com reflexos também na operação nos 29 terminais municipais. A população da zona sul, especificamente na região de Varginha e Grajaú, foi a mais afetada.

Segundo o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas), sindicalistas foram para as garagens conversar com os trabalhadores sobre a reforma da Previdência e sobre a campanha salarial de 2019. De acordo com a São Paulo Transportes (SPTrans), a manifestação sindical surpresa atrasou o início da operação em 33 garagens das empresas de ônibus.

Em entrevista à Rádio Eldorado, o secretário municipal de Transportes e Mobilidade Edson Caram, afirmou que até às 10h a circulação dos ônibus deve estar restabelecida. Segundo Caran, as empresas de coletivos que descumpriram as primeiras partidas programadas, ocasionando intervalos, serão autuadas em R$ 300 mil pela SPTrans. “A Prefeitura não vai abrir mão do seu direito de dar um transporte de qualidade para o cidadão de São Paulo”, explicou Caran.

Sintravc entrega na Câmara Projeto de Lei que impede a extinção da função de cobrador

Leilão de bens da Viação Vitória para pagar ex-funcionários e credores será no dia 25 de abril